O Livro do Êxodo (do grego antigo: Ἔξοδος, romanizado: Éxodos; hebraico: שְׁמוֹת Šəmōṯ, “Nomes”) é o segundo livro da Bíblia. Narra a história do Êxodo, em que os israelitas deixam a escravidão no Egito bíblico pela força de Yahweh, que os escolheu como seu povo. Os israelitas então viajam com o profeta Moisés para o Monte Sinai, onde Yahweh dá os 10 mandamentos e eles fazem uma aliança com Yahweh, que promete torná-los uma “nação santa e um reino de sacerdotes” sob a condição de sua fidelidade. Ele lhes dá suas leis e instruções para construir o Tabernáculo, o meio pelo qual ele virá do céu e habitará com eles e os conduzirá em uma guerra santa para possuir a terra de Canaã (a “Terra Prometida”), que antes havia, de acordo com a história de Gênesis, foi prometido à semente de Abraão.
Tradicionalmente atribuída ao próprio Moisés, os estudiosos modernos veem sua composição inicial como um produto do exílio babilônico (século VI aC), com base em fontes escritas anteriores e tradições orais, com revisões finais no período pós-exílico persa (século V aC). Carol Meyers, em seu comentário sobre Êxodo, sugere que é sem dúvida o livro mais importante da Bíblia, pois apresenta as características definidoras da identidade de Israel - memórias de um passado marcado por dificuldades e fuga, uma aliança obrigatória com Deus, que escolhe Israel, e o estabelecimento da vida da comunidade e as diretrizes para sustentá-la. O consenso entre os estudiosos modernos é que a história do Livro do Êxodo é melhor compreendida como um mito.