O Livro de Urântia em inglês é de domínio público em todo o mundo desde 2006.
Traduções: © 2007 Fundação Urantia
FURTHER DISCUSSIONS WITH RODAN
NOVAS DISCUSSÕES COM RODAM
1955 161:0.1 ON SUNDAY, September 25, A.D. 29, the apostles and the evangelists assembled at Magadan. After a long conference that evening with his associates, Jesus surprised all by announcing that early the next day he and the twelve apostles would start for Jerusalem to attend the feast of tabernacles. He directed that the evangelists visit the believers in Galilee, and that the women’s corps return for a while to Bethsaida.
2007 161:0.1 NO DOMINGO, 25 de setembro de 29 d.C., os apóstolos e os evangelistas reuniram-se em Magadam. Depois de uma longa conferência, naquela noite, com seus colaboradores, Jesus surpreendeu a todos ao anunciar que, no dia seguinte cedo, ele e os doze apóstolos partiriam para Jerusalém; e que compareceriam à Festa de Tabernáculos. Ele ordenou aos evangelistas que visitassem os crentes na Galiléia, e que o corpo de mulheres retornasse, por algum tempo, a Betsaida.
1955 161:0.2 When the hour came to leave for Jerusalem, Nathaniel and Thomas were still in the midst of their discussions with Rodan of Alexandria, and they secured the Master’s permission to remain at Magadan for a few days. And so, while Jesus and the ten were on their way to Jerusalem, Nathaniel and Thomas were engaged in earnest debate with Rodan. The week prior, in which Rodan had expounded his philosophy, Thomas and Nathaniel had alternated in presenting the gospel of the kingdom to the Greek philosopher. Rodan discovered that he had been well instructed in Jesus’ teachings by one of the former apostles of John the Baptist who had been his teacher at Alexandria.
2007 161:0.2 Quando chegou a hora de partir para Jerusalém, Natanael e Tomé ainda estavam no meio das suas argumentações com Rodam de Alexandria, e então eles conseguiram a permissão do Mestre para permanecer em Magadam por uns poucos dias mais. E assim, enquanto Jesus e os dez encontravam-se a caminho de Jerusalém, Natanael e Tomé continuavam empenhados em um debate sincero com Rodam. Na semana anterior, em que Rodam havia exposto a sua filosofia, Tomé e Natanael tinham-se alternado na apresentação do evangelho do Reino, para o filósofo grego. Rodam descobriu que ele havia sido bem instruído sobre os ensinamentos de Jesus, pelo seu instrutor, em Alexandria, o qual havia sido um dos antigos apóstolos de João Batista.
1. THE PERSONALITY OF GOD
1. A PERSONALIDADE DE DEUS
1955 161:1.1 There was one matter on which Rodan and the two apostles did not see alike, and that was the personality of God. Rodan readily accepted all that was presented to him regarding the attributes of God, but he contended that the Father in heaven is not, cannot be, a person as man conceives personality. While the apostles found themselves in difficulty trying to prove that God is a person, Rodan found it still more difficult to prove he is not a person.
2007 161:1.1 Uma questão havia sobre a qual Rodam e os dois apóstolos divergiam, e esta era quanto à personalidade de Deus. Rodam aceitou prontamente tudo o que lhe foi apresentado a respeito dos atributos de Deus, argumentava, no entanto, que o Pai no céu não é, nem pode ser, uma pessoa como o homem concebe a personalidade. Enquanto os apóstolos se viam em dificuldades para tentar provar que Deus é uma pessoa, Rodam achava ainda mais difícil provar que ele não é uma pessoa.
1955 161:1.2 Rodan contended that the fact of personality consists in the coexistent fact of full and mutual communication between beings of equality, beings who are capable of sympathetic understanding. Said Rodan: “In order to be a person, God must have symbols of spirit communication which would enable him to become fully understood by those who make contact with him. But since God is infinite and eternal, the Creator of all other beings, it follows that, as regards beings of equality, God is alone in the universe. There are none equal to him; there are none with whom he can communicate as an equal. God indeed may be the source of all personality, but as such he is transcendent to personality, even as the Creator is above and beyond the creature.”
2007 161:1.2 Rodam sustentava que o fato da personalidade consiste na coexistência de uma comunicação plena e mútua entre seres iguais, seres que são capazes de uma simpática compreensão. Disse Rodam: “Para que seja uma pessoa, Deus deveria ter símbolos de comunicação espiritual que O capacitassem a tornar-Se plenamente compreendido por aqueles que fazem contato com Ele. Mas, posto que Deus, o Criador de todos os outros seres, é infinito e eterno, a conseqüência, no que diz respeito à igualdade de seres, é que Deus está só no universo. Não há iguais a Ele; não há nenhum ser com quem ele possa comunicar-se como um igual. Deus, de fato, pode ser a Fonte de toda a personalidade, mas, como tal, Ele transcende à personalidade, do mesmo modo que o Criador está acima e além da criatura”.
1955 161:1.3 This contention greatly troubled Thomas and Nathaniel, and they had asked Jesus to come to their rescue, but the Master refused to enter into their discussions. He did say to Thomas: “It matters little what idea of the Father you may entertain as long as you are spiritually acquainted with the ideal of his infinite and eternal nature.”
2007 161:1.3 Esse argumento deixou Tomé e Natanael muito irrequietos; e eles haviam pedido a Jesus que viesse socorrê-los, mas o Mestre negou-se a entrar em tais discussões. Jesus havia dito a Tomé: “A idéia que tu tens do Pai não importa muito, desde que tu sejas sabedor do ideal da natureza infinita e eterna Dele”.
1955 161:1.4 Thomas contended that God does communicate with man, and therefore that the Father is a person, even within the definition of Rodan. This the Greek rejected on the ground that God does not reveal himself personally; that he is still a mystery. Then Nathaniel appealed to his own personal experience with God, and that Rodan allowed, affirming that he had recently had similar experiences, but these experiences, he contended, proved only the reality of God, not his personality.
2007 161:1.4 A argumentação de Tomé era de que Deus comunica-se com o homem e que, portanto, o Pai é uma pessoa, até mesmo segundo a definição de Rodam. E a isso o grego rejeitou, apoiando-se no fato de que Deus não Se revela a Si próprio pessoalmente; de que Ele ainda é um mistério. Então Natanael apelou para a sua experiência pessoal com Deus, coisa que Rodam admitiu, afirmando que recentemente tivera experiências semelhantes, mas tais experiências, argumentou ele, provavam apenas a realidade de Deus, não a Sua personalidade.
1955 161:1.5 By Monday night Thomas gave up. But by Tuesday night Nathaniel had won Rodan to believe in the personality of the Father, and he effected this change in the Greek’s views by the following steps of reasoning:
2007 161:1.5 Na segunda-feira à noite Tomé desistiu. Na terça-feira à noite, porém, Natanael levou Rodam a acreditar na personalidade do Pai; e conseguiu essa mudança, na visão do grego, raciocinando segundo os passos seguintes:
1955 161:1.6 1. The Father in Paradise does enjoy equality of communication with at least two other beings who are fully equal to himself and wholly like himself—the Eternal Son and the Infinite Spirit. In view of the doctrine of the Trinity, the Greek was compelled to concede the personality possibility of the Universal Father. (It was the later consideration of these discussions which led to the enlarged conception of the Trinity in the minds of the twelve apostles. Of course, it was the general belief that Jesus was the Eternal Son.)
2007 161:1.6 1. O Pai no Paraíso desfruta da igualdade de comunicação, pelo menos com dois outros seres, que são plenamente iguais e semelhantes a Ele próprio — o Filho Eterno e o Espírito Infinito. Em vista da doutrina da Trindade, o grego foi obrigado a conceder na possibilidade da personalidade do Pai Universal. (Foi uma consideração posterior sobre essas discussões que conduziu à ampliação do conceito da Trindade, nas mentes dos doze apóstolos. Evidentemente, a crença geral era de que fosse o Filho Eterno.)
1955 161:1.7 2. Since Jesus was equal with the Father, and since this Son had achieved the manifestation of personality to his earth children, such a phenomenon constituted proof of the fact, and demonstration of the possibility, of the possession of personality by all three of the Godheads and forever settled the question regarding the ability of God to communicate with man and the possibility of man’s communicating with God.
2007 161:1.7 2. Posto que Jesus é igual ao Pai, e, já que este Filho havia realizado a manifestação da personalidade para os filhos terrenos, esse fenômeno constituía- se na prova do fato e na demonstração da possibilidade de que todas as três Pessoas da Deidade possuíam uma personalidade, e estabelecia, para sempre, a capacidade que Deus tem de comunicar-se com o homem e a possibilidade da comunicação do homem com Deus.
1955 161:1.8 3. That Jesus was on terms of mutual association and perfect communication with man; that Jesus was the Son of God. That the relation of Son and Father presupposes equality of communication and mutuality of sympathetic understanding; that Jesus and the Father were one. That Jesus maintained at one and the same time understanding communication with both God and man, and that, since both God and man comprehended the meaning of the symbols of Jesus’ communication, both God and man possessed the attributes of personality in so far as the requirements of the ability of intercommunication were concerned. That the personality of Jesus demonstrated the personality of God, while it proved conclusively the presence of God in man. That two things which are related to the same thing are related to each other.
2007 161:1.8 3. Que Jesus encontra-se na situação de coligação mútua e de comunicação perfeita com o homem; e que Jesus era o Filho de Deus. Que a relação do Filho e do Pai pressupõe igualdade de comunicação e mutualidade de compreensão simpática; pois Jesus e o Pai eram Um[1]. Que Jesus mantém, ao mesmo tempo, uma comunicação de compreensão, tanto com Deus quanto com o homem; e que, posto que ambos, Deus e o homem, compreendem o significado dos símbolos da comunicação de Jesus, tanto Deus quanto o homem possuem os atributos de personalidade no que concerne aos quesitos da capacidade de intercomunicação. Que a personalidade de Jesus demonstra a personalidade de Deus, ao mesmo tempo em que prova conclusivamente a presença de Deus no homem. Que duas coisas que são ligadas a uma terceira coisa estão relacionadas entre si.
1955 161:1.9 4. That personality represents man’s highest concept of human reality and divine values; that God also represents man’s highest concept of divine reality and infinite values; therefore, that God must be a divine and infinite personality, a personality in reality although infinitely and eternally transcending man’s concept and definition of personality, but nevertheless always and universally a personality.
2007 161:1.9 4. Que a personalidade representa o conceito mais elevado da realidade do homem e dos valores divinos; que Deus também representa o conceito mais elevado de realidade divina e de valores infinitos que pode o homem ter; portanto, Deus deve ser uma personalidade divina e infinita, uma personalidade real, que transcende infinita e eternamente o conceito e a definição que o homem tem de personalidade, sendo, isso posto, sempre e universalmente uma personalidade.
1955 161:1.10 5. That God must be a personality since he is the Creator of all personality and the destiny of all personality. Rodan had been tremendously influenced by the teaching of Jesus, “Be you therefore perfect, even as your Father in heaven is perfect.”
1955 161:1.11 When Rodan heard these arguments, he said: “I am convinced. I will confess God as a person if you will permit me to qualify my confession of such a belief by attaching to the meaning of personality a group of extended values, such as superhuman, transcendent, supreme, infinite, eternal, final, and universal. I am now convinced that, while God must be infinitely more than a personality, he cannot be anything less. I am satisfied to end the argument and to accept Jesus as the personal revelation of the Father and the satisfaction of all unsatisfied factors in logic, reason, and philosophy.”
2007 161:1.11 Ao ouvir esses argumentos, Rodam replicou: “Estou convencido. Reconhecerei Deus como uma pessoa se me permitirdes atribuir qualificações, à minha confissão dessa crença, acrescentando ao significado da personalidade um conjunto de valores mais amplos, tais como supra-humano, transcendente, supremo, infinito, eterno, final e universal. Eu estou convencido agora de que, ao mesmo tempo em que Deus deve ser infinitamente mais do que uma personalidade, Ele não pode ser nada menos. Dou-me por satisfeito ao terminar aqui o debate; e aceito Jesus como a revelação pessoal do Pai, dando também por compensados todos os fatores não satisfeitos da lógica, da razão e da filosofia”.
2. THE DIVINE NATURE OF JESUS
2. A NATUREZA DIVINA DE JESUS
1955 161:2.1 Since Nathaniel and Thomas had so fully approved Rodan’s views of the gospel of the kingdom, there remained only one more point to consider, the teaching dealing with the divine nature of Jesus, a doctrine only so recently publicly announced. Nathaniel and Thomas jointly presented their views of the divine nature of the Master, and the following narrative is a condensed, rearranged, and restated presentation of their teaching:
2007 161:2.1 Natanael e Tomé haviam aprovado plenamente os pontos de vista de Rodam quanto ao evangelho do Reino, entretanto, apenas um ponto restava ainda a ser considerado: o ensinamento que tratava da natureza divina de Jesus, uma doutrina anunciada publicamente só há pouco tempo. Natanael e Tomé, em conjunto, apresentaram as suas visões da natureza divina do Mestre, e a seguinte narrativa é uma apresentação condensada, reorganizada e restabelecida desses ensinamentos:
1955 161:2.2 1. Jesus has admitted his divinity, and we believe him. Many remarkable things have happened in connection with his ministry which we can understand only by believing that he is the Son of God as well as the Son of Man.
2007 161:2.2 1. Jesus admitiu a sua divindade; e nós cremos nele. Muitas coisas notáveis ligadas à sua ministração têm acontecido e só podemos compreendê-las se acreditarmos que ele é Filho de Deus, bem como Filho do Homem.
1955 161:2.3 2. His life association with us exemplifies the ideal of human friendship; only a divine being could possibly be such a human friend. He is the most truly unselfish person we have ever known. He is the friend even of sinners; he dares to love his enemies. He is very loyal to us. While he does not hesitate to reprove us, it is plain to all that he truly loves us. The better you know him, the more you will love him. You will be charmed by his unswerving devotion. Through all these years of our failure to comprehend his mission, he has been a faithful friend. While he makes no use of flattery, he does treat us all with equal kindness; he is invariably tender and compassionate. He has shared his life and everything else with us. We are a happy community; we share all things in common. We do not believe that a mere human could live such a blameless life under such trying circumstances.
2007 161:2.3 2. A sua associação vital conosco exemplifica o ideal da amizade humana; apenas um ser divino seria capaz de ser um amigo humano assim. Ele é a pessoa mais verdadeiramente não-egoísta que já conhecemos. É amigo, até mesmo de pecadores; ele ousa amar os seus inimigos. É totalmente leal a nós. Embora não hesite em nos reprovar, fica bem claro para todos que ele nos ama verdadeiramente. Quanto mais o conheces, mais irás amá-lo. E ficarás encantado com a sua devoção inabalável. Durante todos esses anos, em que não conseguimos compreender a sua missão, ele se manteve como um amigo fiel. Conquanto não lance mão de elogios, ele nos trata a todos com uma bondade igual; é invariavelmente terno e compassivo. Tem compartilhado a sua vida, e tudo o mais, conosco. Nós formamos uma comunidade feliz; partilhamos de todas as coisas em comum. Não acreditamos que um mero ser humano pudesse viver uma vida tão irrepreensível sob circunstâncias tão difíceis.
1955 161:2.4 3. We think Jesus is divine because he never does wrong; he makes no mistakes. His wisdom is extraordinary; his piety superb. He lives day by day in perfect accord with the Father’s will. He never repents of misdeeds because he transgresses none of the Father’s laws. He prays for us and with us, but he never asks us to pray for him. We believe that he is consistently sinless. We do not think that one who is only human ever professed to live such a life. He claims to live a perfect life, and we acknowledge that he does. Our piety springs from repentance, but his piety springs from righteousness. He even professes to forgive sins and does heal diseases. No mere man would sanely profess to forgive sin; that is a divine prerogative. And he has seemed to be thus perfect in his righteousness from the times of our first contact with him. We grow in grace and in the knowledge of the truth, but our Master exhibits maturity of righteousness to start with. All men, good and evil, recognize these elements of goodness in Jesus. And yet never is his piety obtrusive or ostentatious. He is both meek and fearless. He seems to approve of our belief in his divinity. He is either what he professes to be, or else he is the greatest hypocrite and fraud the world has ever known. We are persuaded that he is just what he claims to be.
2007 161:2.4 3. Pensamos que Jesus é divino, pois nunca faz o mal; ele não erra. A sua sabedoria é extraordinária; a sua piedade é magnífica. Ele vive, dia a dia, em harmonia perfeita com a vontade do Pai. Nunca se arrepende de ter cometido erros, porque ele não transgride nenhuma das leis do Pai. E ora por nós e conosco, mas nunca nos pede que oremos para ele. Acreditamos que esteja permanentemente livre do pecado. Não acreditamos que alguém simplesmente humano tenha jamais professado viver uma vida assim. Ele clama viver uma vida perfeita, e nós reconhecemos que ele o faz. A nossa piedade brota do arrependimento, mas a sua piedade brota da retidão. Ele professa mesmo perdoar os pecados, e realmente cura doenças. Nenhum ser meramente humano professaria sensatamente perdoar pecados; isso é uma prerrogativa divina. E ele parece haver sido perfeito, assim, na sua retidão, desde o momento do nosso primeiro contato com ele. Nós crescemos na graça e no conhecimento da verdade, mas o nosso Mestre exibe a maturidade da retidão, desde o princípio. Todos os homens, bons e maus, reconhecem esses elementos de bondade em Jesus. E, com tudo isso, a sua piedade nunca é intrusa nem ostentosa. Ele é meigo e destemido. Parece aprovar a nossa crença, na sua divindade. Ou ele é o que professa ser, ou então ele é o maior hipócrita e a maior fraude que o mundo já conheceu. Estamos persuadidos de que ele é exatamente o que diz ser.
1955 161:2.5 4. The uniqueness of his character and the perfection of his emotional control convince us that he is a combination of humanity and divinity. He unfailingly responds to the spectacle of human need; suffering never fails to appeal to him. His compassion is moved alike by physical suffering, mental anguish, or spiritual sorrow. He is quick to recognize and generous to acknowledge the presence of faith or any other grace in his fellow men. He is so just and fair and at the same time so merciful and considerate. He grieves over the spiritual obstinacy of the people and rejoices when they consent to see the light of truth.
2007 161:2.5 4. A singularidade do seu caráter e a perfeição no seu controle emocional nos convencem de que ele é uma combinação de humanidade e de divindade. Ele é infalivelmente sensível ao espetáculo das necessidades da miséria humana; o sofrimento nunca deixa de comovê-lo. A sua compaixão é tocada de modo igual pelo sofrimento físico, pela angústia mental e pela aflição espiritual. Ele reconhece rápida e generosamente a presença da fé ou de qualquer outra graça, nos seus irmãos mortais. Ele é justo, equânime e, ao mesmo tempo, tão misericordioso quanto pleno de consideração. Entristece-se com a obstinação espiritual dos homens e rejubila-se quando eles consentem em ver a luz da verdade.
1955 161:2.6 5. He seems to know the thoughts of men’s minds and to understand the longings of their hearts. And he is always sympathetic with our troubled spirits. He seems to possess all our human emotions, but they are magnificently glorified. He strongly loves goodness and equally hates sin. He possesses a superhuman consciousness of the presence of Deity. He prays like a man but performs like a God. He seems to foreknow things; he even now dares to speak about his death, some mystic reference to his future glorification. While he is kind, he is also brave and courageous. He never falters in doing his duty.
2007 161:2.6 5. Ele parece saber e conhecer os pensamentos das mentes dos homens e compreender os desejos dos seus corações. E é sempre compassivo para com os nossos espíritos angustiados. Ele parece possuir todas as nossas emoções humanas, mas elas estão magnificamente glorificadas nele. Ama fortemente a bondade e do mesmo modo odeia o pecado. Ele possui uma consciência supra-humana da presença da Deidade. Ora como um homem, mas age como um Deus. Ele parece saber as coisas de antemão; e ousa, já agora, falar sobre a sua morte e como uma referência mística à sua futura glorificação. Conquanto seja amável, ele é também bravo e corajoso. Ele nunca vacila em cumprir o seu dever.
1955 161:2.7 6. We are constantly impressed by the phenomenon of his superhuman knowledge. Hardly does a day pass but something transpires to disclose that the Master knows what is going on away from his immediate presence. He also seems to know about the thoughts of his associates. He undoubtedly has communion with celestial personalities; he unquestionably lives on a spiritual plane far above the rest of us. Everything seems to be open to his unique understanding. He asks us questions to draw us out, not to gain information.
2007 161:2.7 6. Estamos constantemente impressionados pelo fenômeno do seu conhecimento supra-humano. Dificilmente passa um dia sem que algum incidente revele que o Mestre sabe o que acontece bem longe da sua presença imediata. E também parece conhecer os pensamentos do seu semelhante. Não há dúvida de que ele está em comunhão com personalidades celestes; e inquestionavelmente ele vive em um plano espiritual muito acima de todos nós. Tudo parece estar aberto ao seu entendimento único. Ele nos faz perguntas para que nos exteriorizemos, não para obter informação.
1955 161:2.8 7. Recently the Master does not hesitate to assert his superhumanity. From the day of our ordination as apostles right on down to recent times, he has never denied that he came from the Father above. He speaks with the authority of a divine teacher. The Master does not hesitate to refute the religious teachings of today and to declare the new gospel with positive authority. He is assertive, positive, and authoritative. Even John the Baptist, when he heard Jesus speak, declared that he was the Son of God. He seems to be so sufficient within himself. He craves not the support of the multitude; he is indifferent to the opinions of men. He is brave and yet so free from pride.
2007 161:2.8 7. Pouco tempo faz que o Mestre não mais hesita em afirmar a sua supra- humanidade. Desde o dia da nossa ordenação como apóstolos, até tempos recentes, ele nunca negou que tenha vindo do Pai do alto. Ele fala com a autoridade de um instrutor divino. O Mestre não hesita em refutar os ensinamentos religiosos de hoje, nem em declarar o novo evangelho, com uma firme autoridade. E é afirmativo, positivo e pleno de autoridade. Até mesmo João Batista, quando ouviu Jesus falar, declarou que ele era o Filho de Deus[3]. Ele parece ser auto-suficiente dentro de si próprio. Não busca o apoio da multidão; ele é indiferente às opiniões dos homens. Ele é bravo e, ainda assim, tão sem orgulho.
1955 161:2.9 8. He constantly talks about God as an ever-present associate in all that he does. He goes about doing good, for God seems to be in him. He makes the most astounding assertions about himself and his mission on earth, statements which would be absurd if he were not divine. He once declared, “Before Abraham was, I am.” He has definitely claimed divinity; he professes to be in partnership with God. He well-nigh exhausts the possibilities of language in the reiteration of his claims of intimate association with the heavenly Father. He even dares to assert that he and the Father are one. He says that anyone who has seen him has seen the Father. And he says and does all these tremendous things with such childlike naturalness. He alludes to his association with the Father in the same manner that he refers to his association with us. He seems to be so sure about God and speaks of these relations in such a matter-of-fact way.
2007 161:2.9 8. Ele fala constantemente de Deus como um Ser coligado a ele, sempre presente em tudo o que ele faz. E prossegue fazendo o bem, pois Deus parece estar nele[4][5]. Faz as afirmações mais espantosas sobre si próprio e sobre a sua missão na Terra; declarações estas que seriam absurdas, caso ele não fosse divino. Certa vez declarou: “Antes que Abraão fosse, eu sou”[6]. Definitivamente alega a sua divindade; e professa estar em sociedade com Deus. Ele quase exaure as possibilidades de expressão para reiterar a sua associação estreita com o Pai celeste. Ousa mesmo afirmar que ele e o Pai são Um[7]. E diz que quem tiver visto a ele terá visto o Pai[8]. E diz e faz tantas coisas extraordinárias com a naturalidade de uma criança. Ele refere-se à sua ligação com o Pai, do mesmo modo que se refere à sua ligação conosco[9]. Parece estar tão seguro de Deus porque fala dessas relações de um modo muito natural.
1955 161:2.10 9. In his prayer life he appears to communicate directly with his Father. We have heard few of his prayers, but these few would indicate that he talks with God, as it were, face to face. He seems to know the future as well as the past. He simply could not be all of this and do all of these extraordinary things unless he were something more than human. We know he is human, we are sure of that, but we are almost equally sure that he is also divine. We believe that he is divine. We are convinced that he is the Son of Man and the Son of God.
2007 161:2.10 9. Na sua vida de orações, Jesus parece comunicar-se diretamente com o seu Pai. Nós ouvimos poucas das suas orações, mas essas poucas orações indicam que fala com Deus, como se estivesse frente a frente com Ele. Ele parece conhecer o futuro, tanto quanto o passado. Simplesmente não poderia ser tudo isso e fazer todas essas coisas extraordinárias a menos que fosse mais do que humano. Sabemos que ele é humano, estamos certos disso, mas estamos quase que tão certos de que ele também é divino. Acreditamos que ele é divino. Estamos convencidos de que ele é o Filho do Homem e o Filho de Deus.
1955 161:2.11 When Nathaniel and Thomas had concluded their conferences with Rodan, they hurried on toward Jerusalem to join their fellow apostles, arriving on Friday of that week. This had been a great experience in the lives of all three of these believers, and the other apostles learned much from the recounting of these experiences by Nathaniel and Thomas.
2007 161:2.11 Quando Natanael e Tomé terminaram as suas conversas com Rodam, eles apressaram-se a ir até Jerusalém para juntar-se aos seus companheiros apóstolos, chegando na sexta-feira daquela semana. Essa havia sido uma grande experiência nas vidas de todos esses três crentes; e os outros apóstolos aprenderam muito da narrativa dessas experiências de Natanael e Tomé.
1955 161:2.12 Rodan made his way back to Alexandria, where he long taught his philosophy in the school of Meganta. He became a mighty man in the later affairs of the kingdom of heaven; he was a faithful believer to the end of his earth days, yielding up his life in Greece with others when the persecutions were at their height.
2007 161:2.12 Rodam rumou de volta à Alexandria; e ali ensinou durante muito tempo a sua filosofia, na escola de Meganta. Tornou-se um homem poderoso nos assuntos posteriores do Reino do céu; foi um crente fiel, até o fim dos seus dias terrenos; e entregou a sua vida, na Grécia, junto com outros, quando as perseguições atingiram o seu auge.
3. JESUS’ HUMAN AND DIVINE MINDS
3. A MENTE HUMANA E A MENTE DIVINA DE JESUS
1955 161:3.1 Consciousness of divinity was a gradual growth in the mind of Jesus up to the occasion of his baptism. After he became fully self-conscious of his divine nature, prehuman existence, and universe prerogatives, he seems to have possessed the power of variously limiting his human consciousness of his divinity. It appears to us that from his baptism until the crucifixion it was entirely optional with Jesus whether to depend only on the human mind or to utilize the knowledge of both the human and the divine minds. At times he appeared to avail himself of only that information which was resident in the human intellect. On other occasions he appeared to act with such fullness of knowledge and wisdom as could be afforded only by the utilization of the superhuman content of his divine consciousness.
2007 161:3.1 A consciência da divindade teve um crescimento gradual na mente de Jesus, até a ocasião do seu batismo. Depois que se tornou plenamente consciente da sua natureza divina, da sua existência pré-humana e das suas prerrogativas no universo, parece que passou a ser possuidor do poder de limitar de modos diversos a sua consciência humana da própria divindade. Parece-nos que, do batismo até a crucificação, era inteiramente opcional para Jesus depender apenas da sua mente humana ou utilizar-se do conhecimento, tanto da mente humana, quanto da mente divina. Às vezes ele parecia valer-se apenas da informação que reside no intelecto humano. Em outras ocasiões, ele parecia agir com uma plenitude tal de conhecimento e sabedoria, que só poderia ser possibilitada pela utilização do conteúdo supra-humano da sua consciência divina.
1955 161:3.2 We can understand his unique performances only by accepting the theory that he could, at will, self-limit his divinity consciousness. We are fully cognizant that he frequently withheld from his associates his foreknowledge of events, and that he was aware of the nature of their thinking and planning. We understand that he did not wish his followers to know too fully that he was able to discern their thoughts and to penetrate their plans. He did not desire too far to transcend the concept of the human as it was held in the minds of his apostles and disciples.
2007 161:3.2 Apenas podemos compreender as suas atuações únicas aceitando a teoria de que ele podia, segundo a sua vontade, autolimitar a sua consciência da divindade. Somos plenamente conhecedores de que ele freqüentemente abstinha-se de mostrar aos seus colaboradores a presciência que possuía dos acontecimentos, e de que estava ciente da natureza dos pensamentos deles e do que planejavam. Compreendemos que não queria que os seus seguidores soubessem com muita certeza de que ele era capaz de discernir os seus pensamentos e de penetrar em seus planos. Ele não desejava transcender, em muito, o conceito do humano, do modo como era mantido nas mentes dos seus apóstolos e discípulos.
1955 161:3.3 We are utterly at a loss to differentiate between his practice of self-limiting his divine consciousness and his technique of concealing his preknowledge and thought discernment from his human associates. We are convinced that he used both of these techniques, but we are not always able, in a given instance, to specify which method he may have employed. We frequently observed him acting with only the human content of consciousness; then would we behold him in conference with the directors of the celestial hosts of the universe and discern the undoubted functioning of the divine mind. And then on almost numberless occasions did we witness the working of this combined personality of man and God as it was activated by the apparent perfect union of the human and the divine minds. This is the limit of our knowledge of such phenomena; we really do not actually know the full truth about this mystery.
2007 161:3.3 Consideramo-nos de todo incapazes de distinguir entre a sua prática de autolimitação da consciência divina e a sua técnica de manter em segredo, para os seus companheiros humanos, a sua presciência e o seu discernimento dos pensamentos deles. Estamos convencidos de que ele usava de ambas as técnicas, mas não somos sempre capazes de, em uma determinada instância, especificar qual método ele pode haver empregado. Freqüentemente o observamos atuando apenas com o contexto humano da consciência; e, então, o veríamos em conferência com os diretores das hostes celestes do universo e discernimos o funcionamento indubitável da mente divina. E em inúmeras ocasiões, então, quase testemunhamos o trabalho dessa personalidade combinada de homem e de Deus, do modo como era ativada pela união aparentemente perfeita da mente humana e da mente divina. Esse é o limite do nosso conhecimento de tais fenômenos; nós realmente não sabemos de fato qual é a verdade plena sobre esse mistério.